Ari Toledo também teve seu Mug

Muitos artistas tiveram um Mug, e aqui no Blog você poderá conferir histórias de muitos deles.

Neste post destacamos um dos maiores humoristas do Brasil que também tinha um Mug que lhe dava muita sorte, e não é piada...

Ninguém Sabe o Duro que Dei

Para aqueles que ainda não tiveram tempo de ir ao cinema, um trechinho do filme para vocês.

Mas se você gosta de música brasileira, do Wilson Simonal e do Mug, não perca de jeito nenhum, o filme é simplesmente sensacional!

E preste atenção no Mug, ele aparece algumas vezes e é citado por Max de Castro, filho de Simonal.

O Mugnífico Simonal

Wilson Simonal foi um dos principais artistas que deram visibilidade ao Mug e também se beneficiou com seus poderes da sorte.

A turnê de Simonal em 66, se é que naquela época já era chamada assim, tinha como nome Mugnífico Simonal, e vinha com uma ilustração do boneco comó é possível ver na propaganda acima retirada de um jornal da época.

O Mug foi tema de samba, como vocês puderam conferir em algus posts abaixo, tema da turnê, capa de LP de Simonal e muito mais. Realmente o boneco esteve presente de forma bem marcante neste período de sucesso do cantor.

No dia 15/05 foi lançado o documentário sobre a vida de Wilson Simonal: "Ninguém sabe o Duro que eu Dei". Será que o MUG será citado neste filme? Só conferindo pra saber. Para maiores informações sobre o documentário acesse o blog: http://blog.simonal.com/

Mug falsificado dá azar!

No ínicio o MUG causou desconfiança. Como esse boneco, considerado feinho (o que eu discordo plenamente), apareceu em destaque no show-biz, nas mãos de artistas em evidência e ainda dava sorte! Ninguém sabia como ele havia surgido, mas aproveitadores resolveram produzir um MUG falso e colocá-lo a venda aproveitando esse frisson.

Tremendo erro. O MUG FALSO DAVA AZAR, MUITO AZAR.

Abaixo um artigo de jornal que ilustra bem essa desconfiança e também o surgimento dos Mugs falsificados.

Mug nos tempos atuais

Recentemente o Mug foi relembrado na seção da Barbara Gancia, publicada na Revista da Folha de 22 de março de 2009.

Com alusão a volta de Ronaldo, o leitor questiona se o boneco fenômeno também irá voltar. Será?

Charges do Mug, por Maurício de Souza

Maurício de Souza começou a desenhar histórias em quadrinhos em 1959, quando uma história do Bidu, sua primeira personagem foi aprovada pelo jornal. As tiras em quadrinhos com um cãozinho Bidu e seu dono, Franjinha, deram origem aos primeiros personagens conhecidos da era Mônica. O resto todos já sabem, a Turma da Mônica virou sucesso nacional e recentemente teve até o lançamento dos personagens agora mais jovens.

Maurício de Souza também fez parte da história do Mug. Ele criou uma série de tiras do boneco da sorte que era publicado no Jornal a Folha de São Paulo, em 1966.

Um trabalho muito bacana, que lhe rendeu muita sorte.

Chico Buarque - O Jovem do Ano

Em 1966 Chico Buarque ganhou o II Festival da Música Popular Brasileira, promovido pela Record, com a canção "A Banda", ao lado de "Disparada" de Geraldo Vandré e Théo de Barros em empate histórico que permaneceu em segredo durante anos.

Neste ano Chico foi eleito o Jovem do Ano pela revista Fatos e Fotos. Na capa, aparece com seu amuleto da sorte, o Mug que foi considerado um dos responsáveis pelo seu ano de sucesso.

Samba do Mug

Esse nem eu sabia, mas o Mug até ganhou um samba, composto por Wilson Simonal e por José Guimarães. Aqui no Blog do Mug você pode curtir mais essa descoberta.

Samba do Mug - Wilson Simonal

Apresentando o Boneco MUG

Essa é uma foto do boneco Mug original, tirada em 2008, ou seja, este deve ter já seus 40 e tantos anos... Bem conservado, não se sabe extamente no que consiste seu enchimento. Abrí-lo? Jamais! Esse é uma raridade.

MUG? Não sabe o que é? Então leia.

A verdadeira história do MUG de seus maravilhosos poderes sobre os homens e as coisas.

A origem do Mug é desconhecida. Sabe-se, porém, de sua estranha força atuante desde tempos imemoriaes. Na piramide de Kheops há signaes reproduzindo o Mug ao lado de Ramsés III, O Mugnífico. Pergaminhos encontrados no Mar Morto apontam o Mug como inspirador da filosofia zoroastriana. Salomão tinha um em palacio. Quando os chineses descobriram a polvora, Mug estava por perto. Leonidas, o das Termópilas, lutou á sombra de um. Napoleão levava sempre um Mug oculto no dolmã, como se vê ainda hoje em estampas ou rotulos de cognac. Cleópatra usava um Mug para enfeitiçar os homens. A Marqueza de Santos tambem. O escriba P. V. C (não confunidr com polivinila de cloretileno) dizia que em nele se plantando o olhar tudo dá. Um grupo de esportistas deixou de conquistar seu terceiro título apenas porque recusou um Mug que fôra ofertado por P.M.C.

Através dos seculos, longa tem sido a historia do Mug. E multiplas as suas aplicações. Há quem considere o Mug o mais perfeito filtro do amor. Outros usam-no como amugleto. Terceiros adoram-no como um sêr vindo do espaço.

Ninguem ainda conseguiu definir o Mug. Mug pensa, logo existe. Mug é. Espelho d´alma não, que Mug detesta chavões. Mas, reflete o pensamento das gentes. Mug é o percursor da psicanalise. Olhe para ele. Em que pensa? No seu tempo de criança? Na sua vida em outros mundos? Lembra a sogra? O genro? É um personagem de Grimm? Um herói submarino? Sapo metido a gente? Gente vestida de sonho? É um venuziano? Troféu? Puff? Punchingball? Peso de papéis? Berloque para carro? Faça um exercício respiratório e continue olhando para ele. Repare como sua imaginação ganha estímulo e seu ego se liberta.

Mug é. Mais do que o ser amado. Mais do que dinheiro, o livro tão procurado, aquela fotografia secreta, a roupa que dá sorte, a identidade que adotamos para uso externo.

Se está em crise de melancolia, pegue um lapis n.o 1 e pinte bigodes no Mug. Ou óculos. Ou cavanhaque, achando o queixo.

Se se sentir vencido pela incompreensão, atente para o Mug. Há alguém mais incompreendido do que o Mug?

Se estiver com raiva, prepare o Mug para um chute. Sabe onde é.

Se a fome for tanta, leve o Mug ao fogo lento e sádico.

Nunca porém, deixe de ter o seu Mug.

Ao receber este Mug, V. recebeu os efluvios de um movimento que cobre os continentes. E V. não pode interromper esse movimento. Só em pensar nisso, note como sua testa está latejando...

Mug só pode ser dados a pessoas de grande amizade ou inimizade intima. Escolha dois nomes. Pegue dois Mugs e faça dois cartões. Um para a pessoa mais amiga. Outro, para a mais inimiga. Escreva tudo de bom para a primeira e os desaforos que deseja á outra. Depois, troque os destinatários. Verá o que perde primeiro.

Assim é o Mug. Sacrifica-se para que V. conheça melhor o mundo e as coisas. Com o tempo, V. conhecerá todos os poderes do Mug.

Muito cuidado. Para amigos e inimigos mande outro Mug. Este é seu. Irremediavel, inexoravel, inapelavelmente seu.

Está escrito. Mug-tub.

Este é o texto, na íntegra, do livreto que acompanhava o boneco. Segue abaixo a imagem do livreto original.