domingo, 3 de maio de 2009

MUG? Não sabe o que é? Então leia.

A verdadeira história do MUG de seus maravilhosos poderes sobre os homens e as coisas.

A origem do Mug é desconhecida. Sabe-se, porém, de sua estranha força atuante desde tempos imemoriaes. Na piramide de Kheops há signaes reproduzindo o Mug ao lado de Ramsés III, O Mugnífico. Pergaminhos encontrados no Mar Morto apontam o Mug como inspirador da filosofia zoroastriana. Salomão tinha um em palacio. Quando os chineses descobriram a polvora, Mug estava por perto. Leonidas, o das Termópilas, lutou á sombra de um. Napoleão levava sempre um Mug oculto no dolmã, como se vê ainda hoje em estampas ou rotulos de cognac. Cleópatra usava um Mug para enfeitiçar os homens. A Marqueza de Santos tambem. O escriba P. V. C (não confunidr com polivinila de cloretileno) dizia que em nele se plantando o olhar tudo dá. Um grupo de esportistas deixou de conquistar seu terceiro título apenas porque recusou um Mug que fôra ofertado por P.M.C.

Através dos seculos, longa tem sido a historia do Mug. E multiplas as suas aplicações. Há quem considere o Mug o mais perfeito filtro do amor. Outros usam-no como amugleto. Terceiros adoram-no como um sêr vindo do espaço.

Ninguem ainda conseguiu definir o Mug. Mug pensa, logo existe. Mug é. Espelho d´alma não, que Mug detesta chavões. Mas, reflete o pensamento das gentes. Mug é o percursor da psicanalise. Olhe para ele. Em que pensa? No seu tempo de criança? Na sua vida em outros mundos? Lembra a sogra? O genro? É um personagem de Grimm? Um herói submarino? Sapo metido a gente? Gente vestida de sonho? É um venuziano? Troféu? Puff? Punchingball? Peso de papéis? Berloque para carro? Faça um exercício respiratório e continue olhando para ele. Repare como sua imaginação ganha estímulo e seu ego se liberta.

Mug é. Mais do que o ser amado. Mais do que dinheiro, o livro tão procurado, aquela fotografia secreta, a roupa que dá sorte, a identidade que adotamos para uso externo.

Se está em crise de melancolia, pegue um lapis n.o 1 e pinte bigodes no Mug. Ou óculos. Ou cavanhaque, achando o queixo.

Se se sentir vencido pela incompreensão, atente para o Mug. Há alguém mais incompreendido do que o Mug?

Se estiver com raiva, prepare o Mug para um chute. Sabe onde é.

Se a fome for tanta, leve o Mug ao fogo lento e sádico.

Nunca porém, deixe de ter o seu Mug.

Ao receber este Mug, V. recebeu os efluvios de um movimento que cobre os continentes. E V. não pode interromper esse movimento. Só em pensar nisso, note como sua testa está latejando...

Mug só pode ser dados a pessoas de grande amizade ou inimizade intima. Escolha dois nomes. Pegue dois Mugs e faça dois cartões. Um para a pessoa mais amiga. Outro, para a mais inimiga. Escreva tudo de bom para a primeira e os desaforos que deseja á outra. Depois, troque os destinatários. Verá o que perde primeiro.

Assim é o Mug. Sacrifica-se para que V. conheça melhor o mundo e as coisas. Com o tempo, V. conhecerá todos os poderes do Mug.

Muito cuidado. Para amigos e inimigos mande outro Mug. Este é seu. Irremediavel, inexoravel, inapelavelmente seu.

Está escrito. Mug-tub.

Este é o texto, na íntegra, do livreto que acompanhava o boneco. Segue abaixo a imagem do livreto original.






Um comentário:

  1. Do caralho tudo isso. Precisa arrumar um jeito de divulgar ainda mais. Tem muita história tesão do boneco.

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